O armamento apreendido com os seis criminosos que entraram em confronto com policiais militares na madrugada desta quinta-feira (21), em Porto Alegre, seria usado para a realização de um ataque. O delegado Gabriel Lourenço, titular da 5ª Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação, diz que a polícia segue com as diligências para identificar o alvo.
Foram apreendidos com o grupo dois fuzis calibre 556, quatro pistolas – duas 9 milímetros e duas .40 –, seis coletes balísticos, 10 carregadores de pistola e 321 munições de diversos calibres. Além disso, ainda foram encontradas cinco boinas de cor preta e quatro celulares foram recolhidos. De acordo com o delegado, o grupo está ligado com uma facção que tem base no Vale do Sinos.
Conforme a BM, uma viatura seguia um veículo Corolla roubado desde a rótula entre a Rua Silvestre Félix Rodrigues e a Avenida Dante Angelo Pilla, no bairro Costa e Silva. A perseguição terminou na Avenida Mãe Apolinária Matias Batista, no bairro Morro Santana, onde o carro dos criminosos estragou e aconteceu a troca de tiros por volta de 1h30min.
O delegado explica que os agentes do 20º Batalhão de Polícia Militar iniciaram o acompanhamento após identificarem que o veículo usado pelo grupo, um Corolla de cor azul, estava em situação de furto e os ocupantes estavam armados. Eles vestiam fardas semelhantes às da BM.
— Foi feito o acompanhamento por cerca de 10 minutos. Durante o acompanhamento, não houve troca de tiros. Os disparos partiram dos criminosos e os policiais se defenderam — afirma o delegado.
No confronto, ficou ferido um suspeito de 22 anos, que estava foragido desde 2020 e outro de 31 anos, que é investigado por pelo menos sete homicídios. Ambos foram hospitalizados e, conforme o delegado, pelo menos um deles já recebeu alta.
Um dos mortos foi identificado como Matheus Camargo da Silva, 17 anos. As identidades dos outros três devem ser conhecidas após a conclusão das perícias que já foram realizadas, além da perícia complementar solicitada pela polícia.
O agente da Brigada Militar que foi baleado no tiroteio e passou por procedimento cirúrgico tem o quadro de saúde estável, mas segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele ainda não tem previsão de receber alta. O PM foi atingido por três disparos, sendo um na perna, um no braço e outro de raspão no peito.