A Polícia Civil divulgou nesta semana que prendeu em Passo Fundo e Novo Hamburgo mais dois integrantes de facção que foi alvo de uma operação realizada há sete dias em 10 cidades gaúchas.
Agora já são 25 mandados de prisão cumpridos, sendo que ainda há dez foragidos. Eles integram uma organização criminosa que fazia tráfico de drogas e armas, além de contrabando, jogo do bicho e lavagem de dinheiro, movimentando R$ 1,6 milhão por mês.
A investigação de nove meses foi coordenada pelo titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), delegado Diogo Ferreira. Segundo ele, um dos detidos, no Vale do Sinos, era responsável pela coleta de dinheiro para o grupo. O outro, detido no norte gaúcho, era responsável por pontos de tráfico em Passo Fundo. As prisões ocorreram na segunda-feira (7). A divulgação foi feita posteriormente após a confirmação das identidades. Os nomes não foram divulgados.
Deste total de 25 mandados cumpridos nos últimos dias, sete criminosos já estavam em quatro presídios gaúchos, de onde comandavam os crimes. Os demais foram detidos no dia da ação policial, sendo que ainda houve uma prisão no dia seguinte à chamada Operação Fim de Linha, também em Novo Hamburgo. As buscas aos 10 foragidos ainda prosseguem.
Na semana passada, cerca de 300 agentes cumpriram 35 mandados de prisão preventiva, 73 de busca e 62 de bloqueio de contas bancárias. Por meio da lavagem de dinheiro, os líderes do esquema adquiriram, principalmente no norte do Estado, restaurantes, lanchonetes, quadras de futebol e dezenas de imóveis.
Várias provas foram obtidas e, desta forma, foi possível mapear toda uma rede criminosa com células montadas em várias cidades a partir de Passo Fundo: Panambi, Ijuí, Campo Bom, Vacaria, Guaporé, Alvorada, Pelotas e Erechim. Além disso, o comando do grupo estava no sistema prisional gaúcho, em locais como Presídio Central, penitenciárias moduladas de Montenegro e de Ijuí, e Presídio Regional de Passo Fundo.