Mais de seis anos após o assassinato de Beatriz Angélica Mota, aos sete anos, o homem apontado como autor do homicídio foi identificado e confessou o assassinato. Segundo a Polícia Científica de Pernambuco, o DNA encontrado na faca utilizada pertence a Marcelo da Silva, 40 anos, que já estava preso por outros crimes.
Na terça-feira (11), após ser ouvido por delegados, ele foi indiciado, mas os detalhes da investigação ainda serão apresentados nesta quarta (12). As informações são do portal JC.
A peça-chave para o esclarecimento do caso foi a faca usada. Os peritos coletaram o DNA no cabo do instrumento, deixado no local do homicídio. Assim, a partir da análise, foi possível comparar com o perfil do assassino. O material genético foi examinado com o de 125 pessoas consideradas suspeitas.
Após a identificação e confissão do suspeito, a mãe da menina, Lucinha Mota, realizou uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Para ela, o crime ainda precisa de respostas para ser considerado elucidado.
A mulher também explicou que soube da novidade no caso por meio da imprensa e que ficou surpresa por não ter sido comunicada antes. Além disso, Lucinha afirmou que apenas o DNA não é o suficiente para responder a todas as perguntas.
— No inquérito de Beatriz, não cabe um inocente. Aqui no inquérito de Beatriz só cabe os culpados. Se foi feito exame de DNA, se deu positivo, tem outros elementos que precisam ser confirmados, principalmente a motivação do crime, porque não vem a polícia dizer que ele é um doido que estava no meio da rua e entrou no colégio, não. Não venham. Não venham com esse argumento porque comigo não cola, não. Ninguém entra no Colégio Auxiliadora sem ser conduzido por alguém, principalmente para entrar naquelas salas ali. O DNA por si só não é suficiente — disse a mulher.
—A gente está tentando aqui buscar informação, porque eles devem isso a gente. Eu acho isso até desumano por parte da polícia, fazer algo nesse sentido e não nos comunicar, porque não custava nada. São quatro delegados que estão no inquérito, um não podia parar para me ligar? — desabafou.
A menina Beatriz foi morta com 42 facadas em 10 de dezembro de 2015, enquanto participava da formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina. Ela saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois, atrás de um armário em uma sala desativada da escola.