A Polícia Civil está concluindo o inquérito e espera realizar na semana que vem o indiciamento de cinco homens envolvidos no desvio e furto de combustível em Canoas, na Região Metropolitana. Eles também são acusados de crime ambiental. Entre os indiciados, está o dono de uma transportadora que já foi indiciado pelo mesmo delito anteriormente.
A investigação está a cargo do delegado Rafael Soares, da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas. O trabalho, que durou cerca de três meses, culminou com uma ação que prendeu quatro dos envolvidos em flagrante. No local, foram encontradas condições de risco ambiental e até a vida da comunidade, conforme ressaltou o delegado Soares.
— Eles desviavam e também vendiam o combustível em um local sem as mínimas condições sanitárias e de segurança. O material era descartado sem nenhum cuidado. Se ocorre uma explosão ali, uma área residencial, poderia terminar com todo um quarteirão.
A Polícia Civil ainda não consegue definir exatamente como o esquema era realizado. Para isso, são aguardados alguns laudos periciais que serão incluídos no inquérito. No entanto, o delegado Rafael Soares afirma que a quadrilha já possuía um domínio de como realizar o crime.
— Encontramos alguns lacres muito bem cuidados, sem estar rompidos, que evidenciam a prática de furto. Desta forma, o transporte pareceria ter sido feito corretamente. Além disso, apreendemos R$ 60 mil em dinheiro vivo que acreditamos ser do resultado daquele dia — ressaltou o delegado.
A investigação teve início após uma ação da inteligência da polícia civil. Nenhuma denúncia formal de furto de combustível foi registrada. Ainda segundo a polícia, nenhum funcionário da Refinaria Alberto Pasqualini estava envolvido nos crimes. O desvio do combustível ocorreria após saída dos caminhões do local, que estariam autorizados a fazer a retirada dos materiais.