A Polícia Civil divulgou na manhã deste sábado (25) que prendeu em flagrante na noite de sexta-feira (24) três paulistas em Passo Fundo, no norte do Estado. Eles causaram, em apenas uma semana, um prejuízo aproximado de R$ 100 mil em vítimas do município. O grupo, que já tem antecedentes por este tipo de delito, estava aplicando o chamado golpe do cartão clonado.
Segundo investigação da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da cidade, os dois homens e uma mulher integram organização criminosa que atua em todo o país. Os dois suspeitos, inclusive, já haviam sido detidos no Rio Grande do Sul aplicando o mesmo crime no início do ano. O delegado Diogo Ferreira, responsável pela ação e titular da Draco, destaca que este trio estava atuando em Passo Fundo, mas, na semana passada, por exemplo, passou pela região de Caxias do Sul. São pelo menos 15 pessoas lesadas no Rio Grande do Sul, 11 em Passo Fundo e 5 em Caxias do Sul. A polícia apreendeu cartões de crédito de várias vítimas de estelionato, além de quatro máquinas de cartão, dinheiro e documentos.
— As prisões ocorreram no bairro Annes, em Passo Fundo, e os três respondem por receptação e associação criminosa. Destaco ainda que este golpe tem ocorrido com muita frequência na cidade e as pessoas têm que ficar alertas — explica Ferreira.
Golpe
Ferreira diz que os criminosos têm acesso à lista de bancos em todo o Brasil e, com isso, podem visualizar dados como número de cartão, nome e telefone dos clientes. Na ação, um integrante do grupo liga de São Paulo falando que o cartão da vítima foi clonado e pede para que ela entregue para um terceiro. A polícia diz que geralmente é acionado um motoboy, que nem sempre sabe o que está ocorrendo. Ele pega o cartão com senha e outros dados, informando que tudo será destruído. Com estas informações em mãos, os golpistas retiram todo o limite possível dos cartões por meio das próprias máquinas que adquiriram. Eles também fazem compras no comércio, já que estão com senha.
Organização criminosa
Os presos fazem parte de associação criminosa dedicada a este tipo de delito. Eles são os executores do esquema. Há também um responsável por fazer a ligação telefônica às vítimas e outro que tem a incumbência de obter os dados financeiros das pessoas. Um terceiro envolvido no golpe administra os valores obtidos para repassar a contas bancárias vinculadas às máquinas de cartão.