A Polícia Civil divulgou na manhã desta quarta-feira (15) que prendeu uma mulher que atuava para dois presidiários no chamado golpe dos nudes. Ela foi detida no bairro Glória, em Porto Alegre, durante a noite de segunda-feira (14).
Segundo a investigação da 3ª Delegacia de Canoas, os criminosos fizeram pelo menos 15 vítimas desde a metade do mês passado na Região Metropolitana. Uma destas pessoas, perante ameaças, repassou o valor de R$ 20 mil para os estelionatários.
A mulher, que tem 43 anos e não tinha passagem pela polícia, mantinha contatos pelas redes sociais com prováveis vítimas e usava fotos de adolescentes. Em muitos casos, os próprios apenados trocavam mensagens com as pessoas. Todas as vítimas são homens, possuem família e atuam em diversas áreas, principalmente no setor do comércio. O grupo usava também o WhatsApp para enviar mensagens e fotos íntimas.
— Como os homens também mandavam fotos, em um determinado momento, um preso se passava por pai da jovem exigindo valor em dinheiro e ameaçando que passaria informações para familiares da vítima — diz o delegado Rodrigo Caldas, responsável pela investigação.
Em alguns casos, outro apenado se passava por policial dizendo que iria investigar o envolvimento da vítima com suposta adolescente.
Caldas acredita que o número de vítimas pode ser ainda maior, já que muitas pessoas têm vergonha de procurar a polícia. E
le ressalta a importância de registrar ocorrência. Em Canoas, informações podem ser obtidas pelos seguintes contatos: (51) 3425-9056 ou (51) 98459-0259. Em todo o Estado, os contatos são o telefone 181 ou pelo site da Polícia Civil: www.pc.rs.gov.br.
Extorsão
Um dos homens que trocou mensagens com o grupo criminoso repassou o valor de R$ 20 mil em dinheiro e em bens. Um dos presidiários, se passando por pai da suposta jovem, fazia ameaças de que repassaria fotos dele para esposa e demais familiares.
Depois da prisão da mulher investigada, a polícia está comunicando a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) para responsabilizar os dois apenados administrativamente, já que também serão investigados no inquérito criminal. Os nomes dos três golpistas e o do presídio não foram divulgados porque a apuração continua.