A Justiça autorizou a prisão preventiva de um homem de 40 anos suspeito de assassinar a ex-companheira em Tenente Portela, no norte do RS, na madrugada de segunda-feira (6). Ele está sendo procurado pela Polícia Civil e é considerado foragido.
Segundo a investigação, Andréia Juliana Leite, 35, dormia quando teve a residência invadida pelo homem, após arrombamento de uma janela. Ele desferiu golpes de facão contra a mulher, que chegou a ser levada por familiares para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com o delegado Roberto Audino, o criminoso agiu contrariado com o fato de a mulher ter terminado recentemente o relacionamento que mantinha com ele.
– Ao que tudo indicia, ele não queria se separar dela. Os familiares dela nos contaram isso. Ela deixou ele há 30 dias e vinha sendo ameaçada de morte – lamentou o policial.
Ainda conforme a polícia, o criminoso já tinha passagens por cárcere privado e ameaça contra outra mulher e, ainda, uma tentativa de homicídio.
Como ajudar
- Se você tem uma amiga ou familiar, que pode ser vítima de violência, mantenha contato com ela, mesmo durante o confinamento. Uma boa estratégia é usar o telefone ou aplicativos de mensagens.
- Fique atento ao que acontece ao seu entorno. Mesmo em casa, se suspeitar que uma vizinha está sendo agredida (se ouvir gritos ou pedidos de socorro, por exemplo), entre em contato com a Brigada Militar pelo 190. Esqueça a premissa “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
- Caso alguma pessoa esteja sendo vítima de violência, ofereça-se para ir com ela até uma delegacia para registrar o caso. Em tempos de isolamento social, uma opção é dar apoio por telefone e até mesmo por videochamada. Assim, ela não se sentirá sozinha.
- Informe-se por telefone, internet e outros meios de comunicação sobre os serviços para as vítimas de violência em sua cidade. A informação sobre os locais onde as mulheres podem pedir ajuda auxilia no encorajamento.
- Mesmo em confinamento, compartilhe conteúdos informativos que possam tirar dúvidas, orientar e dar força a outras mulheres. O Ministério Público do RS lançou no ano passado uma cartilha contra a violência doméstica (acesse aqui) para ser encaminhada por WhatsApp.
Se for vítima
- Busque ajuda de um familiar e denuncie a violência sofrida. Para isso, é possível procurar a Brigada Militar (190) ou a Polícia Civil: vá até a Delegacia da Mulher ou a delegacia mais próxima.
- Em casos de risco, é preciso que a mulher denuncie e fique em local seguro. Para evitar que a situação evolua para algo ainda mais grave. É possível solicitar, na delegacia, abrigamento temporário.
- É importante que durante o registro da ocorrência a mulher informe contatos como telefone e e-mail, para que o Judiciário possa dar retorno por esses meios. Também é possível informar contatos de parentes e amigos, que podem receber essas informações e repassar para a mulher.
- Se as vítimas precisarem prorrogar as medidas protetivas, ou comunicar descumprimentos de prisão podem entrar em contato com a Defensoria Pública do RS. Acesse os telefones no Estado.
Saiba onde vítimas de violência doméstica podem pedir ajuda:
Brigada Militar
- Telefone: 190
- Horário: 24 horas
Polícia Civil
- Endereço: Delegacia da Mulher de Porto Alegre (Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia), bairro Azenha. As ocorrências também podem ser registradas em outras delegacias. Há 23 DPs especializadas no Estado.
- Telefone: (51) 3288-2173 - 3288-2327 - 3288-2172 ou 197 (emergências)
- Horário: 24 horas