A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira (5) no bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre, um homem suspeito de integrar a quadrilha que explodiu um caixa eletrônico na sede da BRF em Serafina Corrêa, no norte do Estado, no início de outubro. Outras quatro pessoas são investigadas por envolvimento no crime, que teria um presidiário como mentor.
O mandado de busca na Capital foi cumprido em ação da Delegacia de Repressão de Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Passo Fundo, com apoio da Delegacia de Guaporé e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). O homem foi preso em flagrante porque estava com uma pistola calibre 9 milímetros e um revólver calibre 38, além de uma carteira de motorista falsificada.
O suspeito, investigado por explodir o terminal bancário, tentou fugir e resistiu à prisão. O homem — que não teve o nome divulgado — foi autuado por porte ilegal de arma de fogo, receptação e uso de documento falso.
O delegado Diogo Ferreira, da Draco, diz que o criminoso foi um dos responsáveis pelo ataque em Serafina Corrêa.
— Estamos agora tentando identificar os demais integrantes. O suspeito preso hoje (terça-feira) já era investigado por roubo a residência em Guaporé, quando, na ocasião, atirou contra as vítimas, mas felizmente errou — explicou.
No dia do roubo ao terminal bancário na sede da BRF, os integrantes da quadrilha usavam toucas ninja e máscaras de monstros. O suspeito preso nesta terça-feira foi flagrado com máscara semelhante, ostentando armas nas redes sociais.
A Draco não está divulgando o valor roubado do caixa eletrônico no início de outubro, mas o dinheiro seria usado para pagamento dos mais de 1,6 mil funcionários da BRF. Na ocasião, a quadrilha rendeu vigilantes e ainda feriu um dos funcionários da empresa que atua no setor de alimentos. Havia 700 pessoas trabalhando no turno da madrugada do dia 1º de outubro, quando houve o ataque com uso de explosivos.