Agentes da 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre prenderam preventivamente nesta quinta-feira (4) o suspeito de matar o advogado Gabriel Pontes Fonseca Pinto, 28 anos, no bairro Cidade Baixa, na Capital. Luís Henrique Lopes Lima, 23 anos, foi identificado por meio de imagens de câmeras de segurança e foi preso quando caminhava em uma rua no Morro da Cruz, Zona Leste. O caso é tratado como latrocínio (roubo com morte). O assassinato foi cometido por volta de 16h de 26 de março deste ano na Rua General Lima e Silva, próximo à esquina com a Rua Alberto Torres.
O delegado Paulo César Jardim, titular da 1ª DP, diz que o suspeito teve prisão preventiva decretada pela Justiça e após ser detido foi identificado por testemunhas do crime. Em depoimento inicial, Lima negou ser autor do roubo com morte. Ao longo da investigação, a polícia chegou a trabalhar com a hipótese de que o crime fosse um homicídio, mas, posteriormente, confirmou que o autor pretendia assaltar a vítima.
Uma imagem de câmera de segurança foi a principal prova encontrada pelos agentes. A imagem mostra perfeitamente o rosto do homem e, confrontada com vídeos anteriores, a polícia confirmou que se tratava do suspeito preso.
— Nas duas imagens, a que mal aparecia o rosto e que foi divulgada pela imprensa, o suspeito está com a mesma roupa da imagem que conseguimos e que foi crucial para a identificação — explica Jardim.
A polícia descobriu que o criminoso estaria seguindo a vítima, pelo menos do Foro Central até a General Lima e Silva. Os investigadores acreditam que o suspeito, antes do roubo, tenha deixado a moto ligada em via pública e tirou o capacete para evitar uma possível busca a ele após o assalto. Segundo Jardim, o homem agiu de uma forma atípica, já que outros assaltos deste tipo na região sempre envolveram dois homens em uma moto, e nenhum deles tirou o capacete.
Neste caso, acreditam os agentes, o suspeito pode ter tirado o capacete e colocado um boné para evitar ser reconhecido em uma possível busca. Jardim diz que, na compreensão do preso, ele pode ter pensado que a Brigada Militar pudesse perseguir, a partir das imagens, um homem a pé e de boné, não um motociclista.
Jardim diz ainda que a vítima pode ter se assustado com a abordagem ou, então, não quis entregar dinheiro e documentos. Ele estava com celular, R$ 860 e uma pasta com processos. O bandido teria dado um tiro no chão como aviso e depois teria tentado pegar pertences do advogado. Eles teriam entrado em luta corporal, na qual a vítima chegou a cair sobre vidros.
Gabriel Pontes levou dois tiros no peito e morreu no HPS. Familiares e amigos fizeram no último fim de semana uma homenagem ao advogado e pediram por mais segurança.