Cerca de 30 policiais civis, militares e rodoviários federais foram mobilizados para atender um falso sequestro no Litoral Norte. Efetivos até mesmo da Região Metropolitana de Porto Alegre e do Vale do Sinos ajudaram na busca pelo suposto sequestrador. A mobilização durou dez horas até o seu desfecho.
As buscas começaram após uma mulher comunicar na delegacia de polícia de Imbé, na quinta-feira (17),que uma das filhas dela, de 14 anos, e um neto, de quatro anos, haviam sido sequestrados pelo genro dele. O homem, de 26, tinha um relacionamento com a irmã da suposta vítima.
Os policiais só perceberam que não se tratava de um sequestro quando prenderam os envolvidos e ouviram o depoimento do suposto sequestrador e da menina que estavam em um carro, abordado na RS-040, em Capivari do Sul.
Em depoimento, conforme o delegado Valeriano Neto, disseram que não se tratava de um sequestro e, sim, que pretendiam fugir para viver um relacionamento amoroso, o que não era aceito pela mãe da menina. Sobre o neto que também supostamente teria sido sequestrado, a criança só foi junto, porque estava com a adolescente, mas foi deixado na casa da mãe.
Conforme o delegado, a mãe da menina será indiciada por falsa comunicação de crime, cuja pena é de até seis meses de prisão. Já o homem será indiciado por subtração de incapaz, crime que “consiste na retirada de menor de dezoito anos ou interdito de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial”, de acordo com o Código Penal. A pena para esses casos vai de dois meses a dois anos de prisão, mas, como a adolescente foi encontrada sem ferimentos, a lei prevê que a pena não seja aplicada.
Por ter sofrido ameaças da mãe, segundo o delegado, a adolescente foi entregue ao Conselho Tutelar.