Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (5), o futuro secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme Teophilo, comentou os 11 mortos em tiroteios entre assaltantes de banco e policiais em dois dias. Para o indicado de Sergio Moro, a Brigada Militar (BM) agiu corretamente:
— Nós já estamos numa guerra irregular no país contra as facções criminosas e, nessa guerra, nós não podemos entrar como se fosse um infantil, um adolescente. Temos de entrar com a violência necessária para combater o que eles estão fazendo.
Questionado se a BM deveria ter entrado em confronto contra os criminosos, o que resultou em mortes, o general aprovou a atitude:
— Tem de responder da mesma forma, porque é a segurança da população que está em jogo. Eles (criminosos) vão atirar para matar, não para ferir.
Durante a entrevista, o futuro secretário nacional contou que não conhecia o juiz Sergio Moro antes de ser escolhido por ele para compor o superministério da Justiça. Militar da reserva com longa atuação em operações nacionais e internacionais de segurança, Teophilo disse que a indicação a Moro partiu do comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.
Como titular da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o general Teophilo afirmou que, para combater a criminalidade, pretende focar no desenvolvimento de novas políticas públicas, no repasse de mais recursos às polícias e na capacitação dos servidores da área.
— A prioridade é investir muito na tecnologia — anunciou.
Entre as medidas, diz que quer criar um banco genético com o DNA de todos os presos, assim como já possuem Israel e Estados Unidos, para ajudar na resolução de crimes; investir em inteligência integrada com países fronteiriços, aumentar a fiscalização no litoral do Brasil e aparelhar as polícias.
Para conseguir colocar os projetos em prática, Teophilo acredita no potencial do Fundo Nacional de Segurança Pública, que receberá recursos de loterias.
— O que está faltando, no meu entender, é mais gestão da coisa pública — defendeu.
O futuro secretário do governo Bolsonaro ainda falou sobre legalização da maconha, combate aos crimes de colarinho branco e sobre sua relação com o PSDB, partido pelo qual concorreu ao governo do Ceará nestas eleições.