Uma ação da Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (22), em endereços apontados como de comparsas de Rafael de Oliveira Azambuja, o assaltante Rafael Seco, um dos principais alvos de investigações no último ano no Rio Grande do Sul. O grupo é apontado pela Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) como responsável por assaltos a bancos, carros-forte e lotéricas.
No Estado, foram apreendidos documentos e celulares em Porto Alegre, Taquara e Campo Bom. Em Santa Catarina, duas armas foram encontradas em uma residência.
Durante as buscas, foram apreendidas duas armas em um dos imóveis ligados ao assaltante Seco. Um revólver calibre .38 e uma arma antiga, que segundo o delegado João Paulo de Abreu, da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), não funciona. A polícia vai tentar pela via judicial o bloqueio dos bens do grupo investigado.
— Vamos pedir o sequestro desses imóveis. A casa em Florianópolis tem clara ligação com o Rafael Seco, e essa é mais uma forma de combate ao crime - afirmou o delegado, que chefiou a operação, batizada com o nome de "Império".
Também foram executadas ações em Barra Velha e Joinville.
Cerca de 60 policiais participaram da operação, que tinha como objetivo obter mais provas contra a organização.
O líder da quadrilha foi preso no final de setembro em Biguaçú, Santa Catarina. Ele estava foragido e era investigado há pouco mais de um ano.
Segundo a polícia, a investigação teria confirmado a participação dele em pelo menos cinco assaltos – sendo um deles em janeiro deste ano, no bairro Anchieta, em Porto Alegre, quando foram colocadas falsas bombas na cintura de um vigilante de carro-forte.
Dois homens, que seriam comparsas de Rafael Seco, já haviam sido presos em 2018. Ainda de acordo com o delegado, eles foram identificados como Dieizon Luiz da Silva Correa, 30 anos, preso em agosto em Gravataí, e Sérgio Deola de Moraes, 37 anos, preso em Florianópolis em maio deste ano.