O megatraficante "brasiguaio" Jarvis Chimenes Pavão foi condenado nesta semana a 13 anos e 6 meses de prisão. O criminoso, que estava preso no Paraguai e foi extraditado no final do ano passado, é considerado como o maior fornecedor de cocaína e maconha para facções gaúchas e para a maior organização criminal brasileira, a paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).
A mando do grupo de São Paulo, teria contratado 30 pistoleiros para executarem seu rival no tráfico, o comerciante brasileiro Jorge Rafaat, que morava em Pedro Juan Caballero.
Nascido no Brasil, Pavão viveu décadas no país vizinho e tem filhos paraguaios. Ele atuava entre as cidades de Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Ponta Porã (no Mato Grosso do Sul, no Brasil).
Na sentença, da 7ª Vara Federal de Porto Alegre, ele foi condenado por tráfico internacional e associação para o tráfico de drogas. Há quatro anos, Pavão foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por esses crimes.
Segundo o MPF, a investigação consumiu um ano de trabalho e desarticulou uma organização criminosa que agia em vários estados brasileiros trazendo cocaína boliviana a partir da fronteira do Brasil com o Paraguai. As apreensões de drogas feitas a partir das investigações somaram mais de uma tonelada de cocaína.
No esquema, a droga era trazida da Bolívia, estocada em fazendas no Paraguai e era vendida para narcotraficantes no Brasil.
Em julho de 2015, a Justiça Federal condenou outras 11 pessoas que participavam da organização criminosa denunciada na Operação Suçuarana que usava caminhões de uma empresa de transportes especialmente preparados para traficar o entorpecente do Mato Grosso do Sul para outros estados – Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Pavão já havia sido condenado em maio deste ano pela 5ª Vara Federal de Caxias do Sul por tráfico internacional de drogas em outra denúncia. Ele cumpre pena no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e não poderá apelar da decisão em liberdade.