O dia seguinte ao incêndio que deixou cinco detentos mortos na Penitenciária Estadual de Rio Grande (PERG) é de busca por soluções. A administração da unidade realiza estudos e reuniões sobre o retorno dos 156 presos que receberam a saída temporária de sete dias.
O local para abrigar esses detentos é motivo de preocupação, mesmo que o incêndio tenha atingido um dos cinco alojamentos do prédio. A interdição do albergue ainda não foi formalizada com o documento da perícia realizada, mas a necessidade de uma reforma geral já é debatida. O administrador da Perg, Marco Aurelio Gonçalves, afirma que soluções já estão sendo procuradas.
— Ainda não temos nenhuma decisão formalizada sobre a interdição do prédio, mas já estamos trabalhando para buscar recursos e uma forma de resolver isso. O local adequado para o cumprimento do regime semiaberto é o albergue. Vamos fazer o possível para cumprir com isso — diz.
Algumas reuniões entre a administração da penitenciária, o Ministério Público e a Vara de Execução Criminal já ocorreram e, além da questão do albergue, são debatidas alternativas no sentido de buscar encaminhamento para os presos que não receberam a saída provisória. Cogita-se que eles sejam transferidos para outros presídios da região.
A Santa Casa segue com sete feridos internados. A situação mais grave é dos que estão na ala de queimados. Segundo o boletim sobre o estado de saúde, todos estão em condições estável e não correm risco de vida. Os pacientes que estão no Pronto Socorro têm um quadro de saúde melhor, já que as queimaduras não foram graves. Os dois agentes penitenciários que receberam atendimento médico já foram liberados.