No mês em que se completam 10 anos da morte de Isabella Nardoni, a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, 33 anos, falou ao G1 sobre como reconstruiu a vida e como lida com a saudade da filha.
Isabella morreu na noite de 29 de março de 2008, aos cinco anos. O pai e a madrasta foram presos, acusados e condenados por jogar a menina pela janela do apartamento do prédio onde moravam na zona norte de São Paulo.
Carol, como prefere ser chamada, casou-se com o administrador Vinicius Francomano, e teve o filho Miguel, um ano e nove meses. Com fotos de Isabella espalhadas pela sala, ela disse ao G1 que fala da irmã para Miguel. A investigação do caso apontou que a queda de Isabella não foi acidental.
O pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, teriam jogado a menina do sexto andar. Segundo o Ministério Público, eles agrediram Isabella, e achando que ela estivesse morta, decidiram simular a queda da janela, cortando a tela de proteção e a jogando. O casal sempre negou a acusação.
Sobre a data da morte, Carol disse ser a "a data mais difícil, de memórias mais tristes, de lembranças mais sofridas. As outras ficam como lembranças agradáveis, aniversário e tudo mais. Essa, com certeza, é a mais difícil de lidar, de encarar".
A mãe contou que hoje encara o assunto de forma mais suave e que é bem menos reconhecida nas ruas. Carol afirmou que "o único sentimento que existe é a saudade. A gente aprende a lidar com a dor".
Sobre ter um segundo filho, Carol explicou ao G1 que não foi uma substituição: "Eu simplesmente agreguei. Hoje eu tenho dois filhos. Apenas não convivo mais com um. Acho que nenhum filho substitui o outro". E ela não descarta ter mais filhos. Em relação à morte de Isabella, ela afirmou que pretende contar ao filho Miguel de forma natural: é uma realidade da minha vida que eu vou carregar e ele entrou para fazer parte dessa história".
Questionada sobre se a morte da filha foi superada, Carol contou que "a dor é menos dolorida, mas nunca será esquecida". E reafirmou que segue considerando o que aconteceu como "cruel e inacreditável".