O Ministério Público de Caxias do Sul denunciou o empresário Ademir Anesi Júnior, 25 anos, e sua companheira Maitê Guerra Sangalli, 24, pelas mortes de William dos Santos Francischelli, 25, e Paulo Ricardo Cieslik, 29, no bairro Cristo Redentor. Conforme a promotora Sílvia Regina Becker Pinto, o crime foi triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.
O duplo assassinato ocorreu na manhã de 12 de janeiro, em um beco próximo da Rua Padre Antônio Vieira. Segundo a denúncia, por meio de câmeras de monitoramento de um mercado, Anesi identificou Francischelli como autor de um furto ocorrido na casa de seus pais durante a madrugada. Logo após, por meio do celular de Maitê, o casal denunciado enviou uma mensagem ameaçando o suspeito do crime.
No beco em que ocorreram as mortes, que seria ponto de consumo de drogas na região, Anesi obrigou Francischelli e Cielisk a ajoelharem no chão. Os dois foram executados com disparos na cabeça. Após, o empresário retornou ao seu Audi A5 branco, onde Maitê o aguardava, e ambos fugiram do local.
A denúncia informa que, duas semanas após o duplo homicídio, o casal denunciado efetuou a troca do Audi para garantir a impunidade e a ocultação dos crimes praticados. A promotora ainda aponta que Cielisk foi morto sem motivo aparente — apenas por estar consumindo drogas junto a Francischelli no momento da vingança do empresário.
Anesi e Maitê estão presos temporariamente no Presídio Regional de Caxias do Sul. Eles estão recolhidos desde o dia 1º de fevereiro e a decisão é válida até 1º de março. Procurado pela reportagem, o advogado de defesa Airton Barbosa de Almeida afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito policial e, assim, não pode se manifestar sobre o caso.