O suspeito de abusar de uma criança de seis anos durante um voo de Guarulhos para Porto Alegre, na madrugada de segunda-feira (4), foi solto pela Justiça Federal. Ele ficou detido até por volta das 18h20min desta quarta-feira (6), segundo o seu advogado Raul Linhares. Ainda conforme o defensor, o cliente está usando tornozeleira eletrônica.
— Conseguimos a soltura no sentido de esclarecimento da situação. Houve um mal entendido. Uma situação que não foi bem compreendida. Precisamos aguardar as investigações, pois algumas pessoas ainda serão ouvidas — disse Linhares.
Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal, o homem foi solto por possuir bons antecedentes, ter residência fixa e emprego fixo, além de não ter passagens policiais.
Mesmo assim, terá de cumprir uma série de medidas como uso da tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico na Justiça Federal, recolhimento noturno e aos finais de semana e proibição de viajar sem prévia autorização.
O suspeito, segundo depoimento da mãe da criança à Polícia Federal, aproveitava a escuridão da aeronave e a distração da mãe para colocar a mão na coxa da criança, sentada na poltrona do meio. A Lei 217-A considera estupro de vulnerável ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos. A mulher relatou que, ao perceber o abuso, acionou a tripulação, que comunicou o fato à PF.
O homem, natural do Rio de Janeiro, mas morador de Porto Alegre, já trabalhou como professor de português em escolas da capital gaúcha. Até esta quarta-feira (6) exercia função em uma das secretarias municipais de Porto Alegre. Em nota, a prefeitura comunicou a exoneração do servidor:
"A prefeitura comunica a exoneração do servidor preso pela Polícia Federal na madrugada da última segunda-feira, 4. A investigação do caso segue sendo feita pela Justiça Federal."