O Pronto Atendimento da Vila Cruzeiro retomou às 7h desta segunda-feira (16) o atendimento na zona sul de Porto Alegre. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou ter suspendido o recebimento de novos pacientes durante seis horas na madrugada por motivos de segurança, mas preferiu não dar detalhes das circunstâncias. Funcionários garantem que havia uma ameaça de invasão de criminosos.
O relato que chegou aos enfermeiros e médicos era de que bandidos armados rondavam, pouco antes de 23h30min, o Postão em um Fusion com armas para fora – o objetivo deles seria finalizar a execução de três homens baleados por volta de 20h30min. Os criminosos teriam desistido após depararem com uma barreira da Força Nacional de Segurança na região conhecida como Buraco Quente. Familiares dos feridos estavam na instituição e tiveram de ser acalmadas pelos policiais.
Segundo a Polícia Civil, as três vítimas foram atacadas na Rua Dormênio, na região do Morro Santa Tereza. Eles estariam em um bar quando um ocupante de um Fusion teria descido e atirado contra eles. A informação obtida pela polícia junto ao hospital para onde foram transferidos os homens é de que dois estão em estado gravíssimo, e outro foi ferido na mão e não corre risco de vida.
O carro usado no ataqye e também para supostamente rondar o posto de saúde foi encontrado abandonado e com marcas de tiros na Avenida Guaíba. No mesmo local, uma mulher teve um Renault Fluence branco roubado e contou que os assaltantes haviam descido do Fusion e ainda atirado contra a lataria do mesmo carro. A polícia não sabe qual o objetivo da quadrilha ao abrir fogo contra o veículo. A vítima assaltada não se feriu.
Para a delegada Elisa Souza, da 6ª Delegacia de Homicídios, apesar de ainda não haver certeza de quem são os atiradores, o caso está ligado ao tráfico de drogas.
— Por causa da região e pela forma como se deu, normalmente é disputa pelo tráfico — resume a delegada.
Testemunhas e familiares serão ouvidos ao longo desta segunda pela polícia. O objetivo dos investigadores é tentar traçar com precisão o motivo do ataque.
A avaliação da 6ª Delegacia é de que não há ligação entre este ataque e os outros dois assassinatos, na noite de sábado (14) e manhã de domingo, no bairro Teresópolis, também na Zona Sul.