A 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Porto Alegre, concluiu nesta sexta-feira (4) que a adolescente Laisa Manganeli Remédios, 12 anos, desaparecida desde o dia 14 de setembro de 2016, quando teria sido levada do bairro Jardim Lindóia, na Zona Norte, foi assassinada. Três homens foram indiciados pelo crime. Entre eles, José Dalvani Nunes Rodrigues, o Minhoca, apontado como líder de uma das mais violentas facções criminosas da Capital.
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O inquérito aponta que a menina foi vítima de decapitação e esquartejamento, e teve o corpo enterrado em um cemitério clandestino na região do bairro Jardim Protásio Alves, também na zona norte de Porto Alegre. O corpo dela, no entanto, ainda não foi encontrado pela polícia.
– Fizemos pelo menos três escavações naquele local nos últimos meses e quatro corpos já foram encontrados. Estão pendentes de comparações por exames de DNA, mas pelo menos um deles já temos certeza que não se trata da Laisa. As buscas na região continuarão, mesmo com o encerramento deste inquérito – assegura a delegada Luciana Smith.
Segundo ela, a adolescente teria se tornado alvo de criminosos com atuação no bairro Mario Quintana.
– Eles suspeitavam que ela estivesse fazendo "leva e traz" entre facções criminosas rivais. Foi morta porque teria passado informações sobre a movimentação do tráfico para inimigos daqueles traficantes – aponta a responsável pelo inquérito.
Durante a investigação, a polícia ainda descobriu dois locais nos bairros Cristo Redentor e Jardim Lindóia que serviam como locais de aliciamento e prostituição de meninas em festas particulares para homens de alto padrão econômico.