Os presos que abriram um buraco na nova carceragem provisória de Porto Alegre, que fica no Instituto Penal Pio Buck, na zona leste, na noite de quinta-feira (15), cairiam em um canil com cães da raça rottweiler caso tentassem pular.
De acordo com o Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar, os animais, treinados para morder em caso de tentativas de fuga, provavelmente conseguiriam conter os fujões.
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Conforme o comandante da unidade, major Claudio Seol, os presos usaram pedaços de ferros retirados das janelas para abrir o buraco no concreto. Enquanto os quatro detentos batiam na parede, parte dos outros 41 que estavam no local cantavam e falavam alto, na tentativa de abafar o som. O plano, no entanto, foi percebido por policiais.
Quando os PMs entraram, acontecia um motim. Alguns presos brigavam entre si. O comandante não sabe se foi uma ação simulada ou se realmente eles estavam irritados uns com os outros.
– Ali ficam presos de diferentes frentes (facções), então podem ocorrer conflitos. Os policiais só não foram atacados por causa dos equipamentos que temos – comenta o comandante.
O local onde os presos estão não é uma cadeia. É uma nova carceragem que veio para substituir o ônibus-cela Trovão Azul e amenizar o deslocamento de viaturas da Brigada para a custódia de presos. Quatro deles foram transferidos para presídios.
Depois do ocorrido, o comandante garante que vai reforçar o número de revistas e fazê-las em horários aleatórios. Antes, apenas um procedimento era feito por dia.
Na manhã desta sexta-feira (16), 45 presos estão no local. Outros três são mantidos em uma viatura da Brigada Militar.