Pelo menos quatro pessoas foram presas na manhã desta segunda-feira (22) pela Polícia Civil em uma operação contra uma das maiores facções criminosas em atuação na Região Metropolitana. O grupo está envolvido em nove homicídios em Porto Alegre, sendo que duas das vítimas foram esquartejadas e uma decapitada.
O alvo é o grupo de extermínio da organização comandada por José Dalvani Nunes Rodrigues, o Minhoca. Preso em Mato Grosso do Sul, ele seria, também, o mandante da maioria das execuções.
Minhoca tem, somente nesta investigação, oito prisões preventivas decretadas, além de responder por outras 14. Ele foi preso no Paraguai no ano passado, quando estava foragido, e em março deste ano foi transferido para presídio federal no Mato Grosso do Sul.
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Mais de cem policiais civis estão envolvidos na ação, que foi batizada de Operação Safári. Eles cumpriram nesta manhã 23 mandados de busca e apreensão e 40 de prisão preventiva no bairro Rubem Berta e região. Alguns indivíduos tiveram a decretação da prisão em mais de um inquérito policial.
Foram apreendidos, durante a operação, celulares, armas, drogas, câmeras de segurança. Em um dos locais, os agentes encontraram um desenho feito pelo filho de um dos suspeitos, na qual a criança desenhou cinco armas de fogo, incluindo metralhadora, um machado e um facão. Seis suspeitos seguem foragidos.
De acordo com a delegada Luciana Smith, titular da 5ª Delegacia do Departamento de Homicídios da Polícia Civil e responsável pelo caso, são 19 criminosos investigados em oito inquéritos já concluídos. Nove suspeitos já foram presos durante a investigação. A polícia afirma que em nenhum caso há testemunhas, pois elas são ameaçadas pelos criminosos.
Ao todo, desde o início do ano na Capital, houve nove casos de decapitações, sendo o mais recente na quarta-feira da semana passada no bairro Sarandi, Zona Norte. No mesmo período do ano passado, havia dois registros desse tipo de crime.
Em março, a Polícia Civil deflagrou, na mesma região da Capital, uma operação semelhante para coibir o tráfico de drogas, mas com o foco em execuções que resultaram em 16 decapitações no ano passado na Capital.