Pelo menos 10 veículos – oito ônibus e dois caminhões – foram incendiados na manhã desta terça-feira no Rio de Janeiro. Os ataques foram orquestrados por moradores, a mando de criminosos da Cidade Ata, em Cordovil, após enfrentamento entre duas facções rivais que lutam pelo domínio dos pontos de venda de drogas na região.
Os ataques aconteceram em diferentes pontos da cidade. Entre eles, estão as avenidas Brasil e Paris e a rodovia BR-040 (Rio-Petrópolis). Devido à ação dos criminosos, a Polícia Militar (PM) interditou vias e, por medida de segurança, mais de 3 mil crianças da rede municipal de ensino estão sem aula, em Cordovil.
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Em nota, a PM informou que foi acionada em razão de um intenso confronto entre criminosos na Cidade Alta, em Cordovil, na zona norte do Rio. Até o início da tarde, 26 pessoas haviam sido presas e 17 fuzis apreendidos, mas nenhum dos detidos foi identificado como responsável pelos incêndios aos coletivos. Três policiais ficaram feridos, mas sem gravidade.
O Centro de Operações decretou estado de atenção na cidade. "O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa que um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade", informou o Centro.
Tropas especiais de policiamento foram enviadas para Cidade Alta, em Cordovil, onde uma guerra de facções criminosas gera pânico à população desde o início da manhã desta terça-feira, segundo disse o comandante Silva, do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM), ao telejornal RJTV, da Rede Globo.
Segundo ele, a capacidade de atuação da PM está limitada diante do tamanho da crise de segurança, por isso, as tropas especiais teriam sido convocadas. O cerco aos traficantes permanece no início da tarde desta terça-feira.
–Tudo se iniciou com a tentativa de invasão de uma das facções na Cidade Alta – afirmou.