As Forças Armadas fazem nesta sexta-feira a primeira operação de varredura em presídios. O trabalho está sendo executado na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, onde 31 presos foram mortos em um massacre neste mês.
O objetivo da vistoria é encontrar armas, drogas e celulares. As policias civil e militar também atuam no mutirão.
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O deslocamento de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica para as penitenciárias foi autorizado pelo presidente Michel Temer após uma série de rebeliões de presos. O mutirão durará ao menos 12 meses.
Para enviar os militares a um determinado Estado, o governo federal de autorização do governador. No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori ainda não decidiu se aceitará a ajuda.
Na atividade desta sexta em Roraima, 335 homens das Forças Armadas agem desde o início da manhã. Antes de eles ingressarem, 250 policiais civis e militares fizeram o isolamento dos presos na unidade. O trabalho é acompanhado pelo Ministério Público Militar.
“A operação usa tecnologia de ponta, que nós já utilizamos anteriormente nas Olimpíadas, e que foi reconhecida de maneira global”, explicou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Segundo ele, a intenção é “retirar objetos que potencializam as rebeliões”.
Em entrevista coletiva, Jungmann também comentou a atuação das Forças Armadas nas ruas de Natal, no Rio Grande do Norte. Segundo o ministro, desde o início da operação, há oito dias, não houve incêndios em ônibus e outros atentados. A frota de transporte público também passou a funcionar dentro da normalidade.