O confronto entre detentos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Natal (RN), nesta quinta-feira, é um novo capítulo do caos prisional que se evidenciou a partir de sábado: trata-se do sexto dia em que casas prisionais do Rio Grande do Norte são cenários de tumultos, descontrole e motins. As cenas de batalha campal foram precedidas pela rebelião do dia 14, na qual pelo menos 26 presos foram mortos – o número pode ser superior ao informado, pois há a possibilidade de corpos terem sido jogados em fossas de esgoto.
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Desde o fim de semana, quando a rebelião na mesma penitenciária durou 14 horas, presos circulam livremente pelo pátio da unidade, com facas, barras de ferro e paus. No Presídio Provisório Raimundo Nonato, conhecido como Cadeia Pública de Natal, detentos tentaram derrubar uma parede na segunda-feira (conforme a Secretaria de Justiça e Cidadania, a polícia interveio e evitou a fuga). Na quarta-feira, pelo menos um preso foi morto e sete ficaram feridos durante uma rebelião na Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó (RN), que foi contida por policiais militares e agentes penitenciários.
O governo do Rio Grande do Norte pediu ao Planalto o envio de equipes das Forças Armadas para auxiliar as forças locais a inspecionarem o interior dos presídios estaduais em busca de armas, aparelhos celulares, drogas e outros produtos e substâncias proibidas. Tropas da Força Nacional de Segurança Pública também atuam no Estado desde setembro passado, auxiliando a Polícia Militar no policiamento ostensivo.
Veja imagens da rebelião desta quinta-feira