O comandante geral da Brigada Militar descarta a atuação do Exército nas ruas do Rio Grande do Sul nos mesmos moldes do que hoje ocorre no Rio de Janeiro e Haiti, por exemplo. Segundo o coronel Alfeu Freitas, para que ações mais amplas sejam realizadas no Estado é preciso encaminhar um outro nível de conversação com o Exército, que não foi estabelecido neste momento. O que deve ocorrer novamente são os treinamentos que deram visibilidade ontem à presença das Forças Armadas nas ruas de Porto Alegre.
"Poderá ser repetido sim. Em outros locais, em outras datas e em breve, para que se possa manter a qualidade no treinamento do Exército bem como o apoio à Brigada, pois nos interessa participar dessas atividades.", disse o comandante, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Entre a tarde e a noite passada, cerca de 60 homens do Exército atuaram na Vila dos Sargentos, no bairro Serraria, na zona sul de Porto Alegre. Com apoio da Brigada Militar, a tropa em treinamento trabalhou na garantia de lei e ordem, no mesmo trabalho que é feito no Haiti ou no Rio de Janeiro.
"É um treinamento, um exercício que o Exército faz, que a Brigada Militar apoia, até uma vez que estão na rua e estão em uma atividade de polícia, até porque o poder de polícia é da Brigada. A Brigada sempre vai apoiar o Exército, como apoiou ontem, e vai apoiar em ações futuras", garantiu o coronel.
O comandante da Brigada Militar também espera que a Força Nacional de Segurança seja mantida até o fim do ano em Porto Alegre. O coronel Alfeu Freitas espera, inclusive, que o número de policiais seja reforçado. Atualmente, o grupamento está sendo designado para atuar em áreas de conflito e em algumas regiões de fácil visualização.