A polícia localizou, nesta segunda-feira, mais sete netbooks dos 110 que foram furtados na semana passada da Escola Estadual Aurélio Reis, no bairro Jardim Floresta, em Porto Alegre. Eles haviam sido abandonados em um matagal na Vila Dique. No total, já foram encontrados 36 computadores – cinco estavam em um lixão, também na Vila Dique, onde havia ainda um projetor e uma caixa de som, e outros 24 equipamentos foram localizados na casa de um policial civil, preso preventivamente na quinta-feira passada.
Conforme o delegado Alexandre Viera, da 9ª Delegacia de Polícia da Capital, três suspeitos do crime já foram identificados. Imagens das câmeras de vigilância também estão sendo analisadas para ajudar na identificação dos criminosos.
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O policial civil que foi preso na semana passada quando foram localizados os aparelhos dentro de uma viatura, estacionada em sua residência, segue detido no Grupamento de Operações Especiais da Polícia Civil, na Capital. Sua identidade não foi divulgada.
Segundo o corregedor-geral da Polícia Civil, delegado Andrei Vivan, o inquérito, com prazo de 10 dias de conclusão contados a partir da data da prisão, tramita em sigilo.
O furto
O arrombamento da escola aconteceu entre meia-noite e 2h de terça para quarta-feira da semana passada. Os bandidos entraram pela porta principal, passaram pela direção e foram direto à sala onde estava o material.
Os computadores portáteis são utilizados como "segundo caderno" pelos estudantes. Neles estão salvos trabalhos, notas e pesquisas. A maioria dos netbooks utilizados pelos 249 alunos da escola fica dentro de uma sala, onde cada um retira seu equipamento com um professor responsável. Quando necessário, os estudantes podem levá-los para casa, mas a orientação é deixá-los na escola – ironicamente, por questão de segurança. Além desses equipamentos, um projetor também foi levado pelos bandidos.
A Escola Estadual Aurélio Reis é considerada referência no ensino por ter um computador por aluno. A instituição integra o programa "Educar Transforma", que usa recursos tecnológicos no ensino. Como parte foi roubada, a direção teme que a iniciativa tenha de ser modificada. O prejuízo estimado é de mais de R$ 70 mil.