A Polícia Militar do Rio de Janeiro não vai permitir nenhuma manifestação racista por parte dos torcedores do Grêmio, no jogo contra o Flamengo, no Maracanã. A medida visa evitar o que ocorreu na partida contra o Santos, realizada, na Arena, quando torcedores do Grêmio praticaram manifestações preconceituosas contra o goleiro Aranha do Santos.
A segurança será reforçada para o jogo onde mais de 60 mil torcedores são esperados pela organização, os torcedores do Grêmio terão um acompanhamento especial, nas partes internas e externas do estádio, além de monitoramento, por câmaras no setor destinado a torcida tricolor. Cerca de 250 homens ficarão com a responsabilidade no setor.
Quem for identificado praticando qualquer ato racista, será preso e conduzido para o JECRIN (Juizado Especial Criminal) que funciona no complexo do Maracanã. Para a torcida do Grêmio foi disponibilizada uma carga de 3.000 ingressos, e a polícia espera cerca de 1.000 torcedores.
A torcida do Flamengo solicitou ao GEPE (Grupo Especial de Policiamento em Estádios) que pretende levar faixas de protestos contra o racismo e teve a permissão de levar o material, desde que não seja em excesso e que haja bom senso no conteúdo destas faixas, disse o tenente coronel da polícia militar, João Fiorentini: “O Estatuto do Torcedor não proíbe a questão das faixas, porém, terá que haver bom senso em relação ao material que vai ser utilizado e a quantidade que vai ser levada”.
Para o jogo de amanhã não há mais ingressos disponíveis, foram vendidos 52.568, que passa a ser o novo recorde de público no Campeonato Brasileiro, o recorde anterior pertencia ao jogo São Paulo x Criciúma de 46.512.