A Superintendência dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul (Susepe) instaurou um sindicância nesta sexta-feira (15) sobre a tornozeleira eletrônica encontrada no pescoço de um galo em Canoas. A Susepe quer saber o motivo pelo qual foi informado que o equipamento seguia em funcionamento.
De acordo com a Susepe, desde a última segunda-feira constava no sistema do órgão que o lacre havia sido rompido e o detento era considerado foragido. Ele foi preso na última quarta, em Canoas, onde o equipamento foi encontrado.
No entanto, a Justiça diz que o sistema da Susepe não teria detectado que o apenado do semiaberto retirou a tornozeleira e colocou no galo. A Vara de Execuções Penais de Porto Alegre cobrou explicações sobre o caso.
A Susepe argumenta que apenas uma luz vermelha estava acessa na tornozeleira, o que indica que ela estava rompida. Além disso, a bateria ainda estava em funcionamento. Se uma luz verde estivesse acessa, indicaria que o equipamento estava em uso, o que, de acordo com o órgão, não ocorreu.
A superintendência também deve encaminhar um ofício para a Brigada Militar, já que foram brigadianos que recapturaram o detento e repassaram a informação de que o monitoramento seguia ocorrendo, só que no animal.
Desde o início do ano, a Susepe informa que 60 tornozeleiras apresentaram problema de rompimento no lacre. Isso representa 5% do total de 1,4 mil equipamentos que estão em uso atualmente. Destes, 95% foram trocados por tornozeleiras com novas tecnologias em 2014.