A Vila Cruzeiro, em Porto Alegre, iniciou a quarta-feira (23) com a Unidade de Saúde de portas fechadas, por medo da violência no local. À tarde, foi a vez de três escolas decidirem liberar os alunos por motivos de segurança. E a Secretaria Municipal de Saúde determinou o fechamento das unidades básicas de saúde Vila Cruzeiro, Cristal e também a Unidade de Saúde da Família Cruzeiro do Sul.
A Comandante do Primeiro Batalhão de Policia Militar, tenente-coronel Cristine Rasbold, falou ao Gaúcha Repórter que o policiamento será reforçado no local, que foi cenário de um tiroteio na tarde de ontem.
Segundo relatos dos moradores, os confrontos entre gangues rivais iniciaram no feriado de Páscoa. Com a ameaça de novos tiroteios, tanto a Unidade de Saúde quanto as escolas da Vila Cruzeiro optaram por fechar suas portas. A comandante do Primeiro Batalhão da PM afirmou que a comunidade ficou assustada com os episódios anteriores.
Segundo ela, 40 homens do Batalhão de Operações Especiais e 17 policiais do Pelotão de Operações Especiais estão em deslocamento para a região com intuito reforçar a segurança.
"Adotamos estas medidas para mediar a situação", disse a tenente-coronel Cristine Rasbold. Ela garantiu ainda que a segurança permanecerá reforçada nos próximos dias. Segundo ela, na quinta-feira será possível retomar as atividades normais.
A comandante da BM espera que os acontecimentos reacendam o debate sobre a região. "A gente vai tentar agregar, trazer novamente a discussão de outros órgãos, adotar políticas públicas, porque educação, esporte, saúde e segurança são itens essenciais para que essa comunidade tenha uma vida equilibrada", disse ela. A Unidade de Saúde decidiu suspender totalmente os atendimentos no local.
Ouça a entrevista completa