Uma discussão entre pai e filho terminou em morte no município de Coronel Bicaco, na região noroeste do Estado. Luis Celeste de Lima Padilha, 53 anos, teria sido assassinado pelo filho, Jonas da Costa Padilha, 21 anos, que se entregou à polícia e confessou o crime.
O caso ocorreu no pátio da casa onde o jovem morava com o irmão e a mãe, no centro da cidade de menos de 8 mil habitantes. Pai e filho teriam discutido e se agredido antes de Jonas acertar o rosto de Luís com um facão - que foi apreendido pela Brigada Militar e tinha manchas de sangue. Padilha morreu antes da chegada de atendimento médico.
De acordo com o delegado Marion Volino, responsável pelo caso, Luís e Jonas tinham recém voltado de uma festa quando começou a briga.
- O facão inicialmente estava com o pai, mas o filho conseguiu tirar dele. Depois, o homem começou com uma série de provocações. O filho não gostou - afirma.
O delegado diz preferir não falar sobre pai e filho enquanto o inquérito está em aberto. Segundo ele, os envolvidos no caso foram ouvidos e Jonas está sendo investigado por homicídio qualificado.
Segundo a BM, em seu depoimento o jovem relatou que tinha desavenças antigas com o pai e que, junto à mãe e ao irmão mais novo, sofria constantes ameaças de morte. A mãe e ex-companheira de Luís, de acordo com a polícia, tinha medida protetiva assegurada via Lei Maria da Penha.
Apesar disso, conforme apurou o delegado, todos estavam jantando juntos antes de a discussão começar.
- Luís Padilha não morava com a família, mas aparecia eventualmente - diz.
A Polícia Civil afirma que a vítima ficou presa por oito anos no Presídio Estadual de Três Passos, por homicídio. Estava de novo nas ruas há pelo menos um ano.
Em seguida do crime, Jonas, o irmão e a mãe teriam procurado a Brigada Militar e falado sobre o que havia acontecido. Como ele se entregou espontaneamente à BM, o delegado não considerou tratar-se de um flagrante.