A ação ousada de criminosos que levam carros zero quilômetro de concessionárias em plena luz do dia é alvo de investigação da Polícia Civil de Carazinho, no norte do Estado. Em menos de uma semana, dois veículos foram levados dos pátios de duas lojas da cidade, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 200 mil. Furtos semelhantes também ocorreram em pelo menos três cidades de Santa Catarina.
Segundo o delegado Danilo Dal Zot Flores, que apura os casos, os criminosos chegavam aos locais falando no celular, para evitar aproximação dos vendedores. Eles escolhiam um carro e ficavam por perto até perceberem que ninguém estava prestando atenção, entravam no veículo e saíam das concessionárias dirigindo. Em Carazinho, foram furtados uma caminhonete da GM e um Fiat Bravo, nos dias 6 e 12 de julho. Em uma das ocasiões, a ação foi registrada por câmeras de segurança.
Durante as investigações a polícia descobriu que houve casos semelhantes em Passo Fundo, onde uma caminhonete foi roubada há cerca de dois meses, e em Joinville, Criciúma e Concórdia, em Santa Catarina. Desta última cidade, foi levada uma S10 recuperada no dia 10 de julho em Erechim, dentro de uma garagem alugada. Segundo testemunhas, o homem que se identificou como proprietário falava castelhano.
Também há suspeitas de que um Punto vermelho visto na cidade tenha sido roubado no começo do mês em Santa Catarina. Além disso, um Cruze branco com placas do Paraguai foi transitando perto dos locais onde aconteceram os crimes nas cidades catarinenses.
As duas principais hipóteses levantadas pela polícia são de que os veículos sejam clonados e circulem em outros Estados ou que sejam levados ao Paraguai para serem legalizados e depois vendidos. Depois da divulgação das imagens, o próximo passo da investigação é estabelecer se há conexão com os furtos de Santa Catarina, mapear os locais dos crimes e estudar as características, para confirmar se eles foram feitos pelo mesmo grupo.
À luz do dia
Polícia investiga furtos de carros novos de concessionárias em Carazinho
Casos semelhantes também ocorreram em Passo Fundo e três cidades de Santa Catarina
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