Com a gradual queda de temperatura no Brasil que começa a ocorrer a partir de agora, a gripe entra em nosso radar. Para prevenir uma grande onda de casos, o Ministério da Saúde tem promovido campanhas de vacinação todos os anos. A de 2018 começa no dia 23 de abril e segue até 1º de junho, para grupos considerados prioritários (veja mais ao fim quem são as pessoas que têm indicação para tomar a dose). A rede privada também oferece a vacina. Tem dúvidas sobre a imunização? Respondemos algumas abaixo.
Qual a diferença da gripe comum para a gripe A?
A gripe A é o nome popular dado à gripe causada pelo vírus H1N1, que causou uma pandemia em 2009. No Rio Grande do Sul, não foi diferente: por aqui, houve 3.585 casos confirmados e 298 mortes. Há, na verdade, outros subtipos de vírus A, como o H3N2, por exemplo. Hoje, o H1N1 é considerado um vírus comum – o fato de ele circular não é atípico – e a vacina disponibilizada protege contra ele, assim como contra o H3N2 e o influenza B.
Como a gripe é transmitida?
Pela secreção das vias áreas, por meio de tosse, espirro ou fala. Quando espirramos, uma “nuvem” de saliva com vírus flutua por cerca de um minuto até cair, onde fica por cerca de uma hora. Se você passa a mão em uma região que recebeu essa “nuvem” (corrimão, teclado, maçaneta de porta) e coloca os dedos na boca, no nariz ou nos olhos, ou ainda se compartilha objetos de uso pessoal (talheres, escova de dentes), o vírus entra no organismo.
Gripe ou resfriado?
A gripe é mais severa e abrupta – dura cinco dias, derruba o indivíduo na cama e pode levar à pneumonia ou à morte. Agora, se você consegue ir trabalhar, ainda que com nariz escorrendo, garganta irritada, mal-estar e febre baixinha, então é porque tem resfriado, que é mais brando e perdura por dois a quatro dias. Além disso, enquanto a gripe é causada pelo vírus influenza, o resfriado é causado por outros agentes, entre eles o rinovírus e o coronavírus.
Por que idosos e crianças são grupos de risco?
Os dois grupos têm imunidade baixa e dificuldade em responder à infecção pelo vírus.
O que fazer se fiquei gripado?
Não há muito o que fazer além de esperar o organismo combater o vírus. Repouse e beba bastante água e trate os efeitos secundários – analgésicos para dor de cabeça, descongestionantes nasais para melhorar a respiração, antitérmicos para a febre.
Sintomas da gripe
— Dor muscular
— Dor de garganta
— Cansaço
— Febre alta (39°C ou 40°C)
— Tosse (pode durar até duas semanas)
— Mal-estar e fraqueza
— Falta de apetite
Como evitar
— Evite apertar a mão das pessoas enquanto estiver com gripe. Quem tem gripe costuma coçar o nariz e passar o vírus para a mão.
— Lave as mãos com álcool ou sabonete
— Evite tocar mucosas de olhos, nariz e bocaMesmo em dias gelados, deixe as janelas abertas, ao menos quando você não está em casa, para o ar circular.
— Não use lenços de pano para assoar o nariz. Opte por descartáveis
— Evite compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, escova de dentes ou toalha
— Ao espirrar, tape a boca na dobra do cotovelo em vez de usar a mão
Internações e mortes por Influenza no RS
2017: 440 casos e 48 mortes
2016: 1.380 casos e 212 mortes
2015: 89 casos e 9 mortes
2014: 189 casos e 25 mortes
2013: 564 casos e 74 mortes
2009: 3.572 casos e 298 mortes
CAMPANHA DE VACINAÇÃO
Quando
Entre 23 de abril e 1º de junho
Onde
Postos de saúde
Quanto
Gratuito
Quem tem direito
Professores das redes pública e privada, pessoas com 60 anos ou mais, crianças entre seis meses e cinco anos, gestantes, mulheres até 45 dias depois do parto e pessoas com doenças crônicas (respiratórias, cardíacas, renais, além de obesos e diabéticos). Além destes grupos, recebem vacinas também indígenas, diretamente nas aldeias; profissionais de saúde, nos próprios locais de trabalho; e a população privada de liberdade.