A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez soar o alarme nesta segunda-feira (18) sobre as doenças não transmissíveis, a maior causa de mortes no mundo, e instou os países a fazerem mais para atingir os objetivos estabelecidos em 2015.
Em seu primeiro relatório de avaliação, a OMS indicou que "o mundo não está em um bom caminho para atingir o objetivo" de reduzir em um terço, no período 2015-2030, a taxa de mortalidade prematura devido a doenças não transmissíveis.
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— Houve alguns progressos, [...] mas foram limitados — declarou à imprensa Douglas Bettcher, diretor do departamento de Prevenção de Doenças Não Transmissíveis da OMS.
— A janela de oportunidades para salvar vidas se fecha — alertou, ressaltando que "são necessárias ações urgentes".
As doenças não transmissíveis matam a cada ano mais de 40 milhões de pessoas, entre elas 15 milhões de entre 30 e 70 anos. Mais de 80% destes óbitos, chamados "prematuros", ocorrem em países de rendas baixas ou médias, segundo a OMS, que indicou que esta "epidemia é alimentada pela pobreza, [...] o comércio de produtos prejudiciais à saúde, a urbanização rápida e o crescimento da população".
As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maior parte das mortes por doenças não transmissíveis, 17,7 milhões por ano, seguidas pelos cânceres (8,8 milhões), doenças respiratórias (3,9 milhões) e diabetes (1,6 milhão).
A OMS estabeleceu 19 objetivos, incluindo o aumento do preço do tabaco, a adoção de políticas nacionais para reduzir o consumo de sal e a promoção da lactância materna, para medir a eficácia da luta contra estas doenças.
Segundo o relatório, a Costa Rica e o Irã são os dois países mais "eficientes", visto que cumpriram 15 dos 19 objetivos. Estão seguidos pelo Brasil, Bulgária, Turquia, Reino Unido, Finlândia, Noruega, Arábia Saudita e Tailândia.
No lado oposto, seis países não cumpriram nenhum dos objetivos estabelecidos pela OMS: Angola, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Sudão do Sul, São Tomé e Príncipe e Micronésia.
* AFP