A pouco mais de uma semana do término da 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, um balanço do Ministério da Saúde mostra que até a última quarta-feira apenas 2,3 milhões de pessoas se vacinaram no Rio Grande do Sul. Esse total considera todos os grupos com indicação para a vacina, incluindo população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades. O público-alvo da campanha no Estado, que não considera esses grupos, é de 2,6 milhão de pessoas. Desse total, 67% foram vacinados até quarta.
Em todo o país, apenas 28,7 milhões de pessoas foram vacinadas, o que representa 53% do público-alvo, formado por 54,2 milhões de pessoas. A meta, neste ano, é vacinar 90% desse público até o dia 26 de maio, quando termina a campanha. O Dia D de mobilização nacional para vacinação ocorreu no último sábado, dia 13 de maio. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde do RS, só nesse dia foram vacinadas mais de 330 mil pessoas.
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Os números da vacinação no Estado estão divididos da seguinte forma: 46,5% entre as crianças; 67,5% trabalhadores de saúde; 52,8% gestantes; 77,1% puérperas; 54% indígenas; 75,3% idosos; e 65,4% entre os professores. Entre as regiões do país, o Sul apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a Influenza, com 68,3%, seguida pelas regiões Centro-Oeste (53,1%), Sudeste (52,9%); Nordeste (47,8%) e Norte (43%). Para a campanha deste ano, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina, garantindo estoque suficiente para a vacinação em todo o país.
Desde o dia 17 de abril, a vacina contra a gripe está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além dos professores que são a novidade deste ano.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
Neste ano, já foram registradas duas mortes por Influenza A no Estado. No ano passado, foram 212 mortes causadas pelo vírus, sendo 208 por H1N1.
*Zero Hora com agências