Submetido a um transplante de face em agosto de 2015, o ex-bombeiro norte-americano Patrick Hardison, 42 anos, volta, aos poucos, a ter uma vida normal. Ele passou pelo procedimento depois de ter ficado desfigurado ao atender um incêndio em 2001.
Antes de passar pelo procedimento, os médicos lhe disseram que a operação tinha apenas 50% de chance de sem bem-sucedida. Entretanto, hoje, o homem já consegue dirigir, nadar, piscar os olhos e andar na rua sem causar pânico e choro entre as crianças.
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– Eu e minha família fizemos uma viagem ao Disney World em junho passado e eu nadei na piscina com eles. Isso era algo que eu não fazia há 15 anos – disse Hardison em uma coletiva de imprensa na última quarta-feira.
No acidente, o homem sofreu graves queimaduras e perdeu as pálpebras, as orelhas, os cabelos e boa parte do nariz. Para esconder suas cicatrizes, viveu anos atrás de bonés de e óculos escuros.
– Não há mais olhares de estranhos. Eu praticamente voltei a ser um cara normal, fazendo atividades normais. Eu tenho esperança agora. Quero ajudar aqueles que estão feridos para que eles saibam que há esperança para eles também.
Mais de 100 médicos, enfermeiros e profissionais de apoio participaram do transplante de 26 horas em agosto passado no Centro Médico Langone, da Universidade de Nova York. Seu doador foi David Rodebaugh, um premiado ciclista BMX de 26 anos de idade do Brooklyn que morreu em um acidente de estrada. Sua mãe concordou com a doação de órgãos.
Hardison passou por vários procedimentos pós-cirúrgicos ao longo do último ano, principalmente para ajustar suas pálpebras e lábios e para remover tubos de alimentação e respiração. Eduardo Rodriquez, que liderou a cirurgia, disse que ficou impressionado com a recuperação do seu paciente.
– Ultrapassou todas as nossas expectativas – afirmou.
Considerada histórica, a cirurgia foi a primeira que contou com transplante de pálpebras. Desde o primeiro transplante de rosto parcial, realizado em 2005 na França em uma mulher que havia sido atacada por seu cachorro, essa cirurgia vêm se tornaram cada vez mais comum.
Hardison deverá tomar medicamentos imunossupressores para o resto da vida, para evitar a rejeição ao transplante, e ainda vai passar por check-ups mensais em Nova York.
*Zero Hora com informações de agências