Assim como nos humanos, velhice não é doença para os cachorros. Por isso, é preciso ficar atento a uma moléstia cujos sintomas são muito parecidos com o Alzheimer. Cães que se perdem dentro do lugar em que vivem e que ficam vagando pela casa à noite podem sofrer de disfunção cognitiva canina, um problema que acomete principalmente animais de pequeno e médio porte a partir de 10 anos.
– Essa é uma doença degenerativa, progressiva e que coincide com o envelhecimento. É comum confundir os sinais de envelhecimento com a doença, mas é importante dizer que cachorro velho não necessariamente precisa sofrer esse tipo de problema – explica a veterinária Ceres Faraco, professora da UniRitter.
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De acordo com a especialista, a doença é parecida com o Alzheimer em razão dos sintomas e porque pode ser controlada, mas não evitada. A demência canina, segundo ela, atinge 40% dos cães com mais de 15 anos e de 10% a 20% antes dessa idade.
As alterações ocorrem dentro da caixa craniana do animal, antes mesmo de os sintomas começarem a aparecer. É importante ficar atento aos primeiros sinais, porque o dono poderá fazer o tratamento e retardar a progressão da doença, assim como ocorre em humanos diagnosticados com Alzheimer.
– Aos primeiros sinais, é preciso procurar imediatamente um veterinário que deve indicar exercícios, adaptações que tem de ser feitas no relacionamento e indicar medicamentos. O cão pode ter qualidade de vida após o diagnóstico. Não há uma previsão do tempo de sobrevivência depois de o animal apresentar sintomas. Tudo vai depender do grau de proteção – afirma Ceres.