A gripe A já matou 10 pessoas no Rio Grande do Sul, entre os 22 diagnosticados com o vírus. Em relação aos casos de óbito, nove pessoas apresentavam doenças associadas, como imunodeficiência, pneumopatia ou cardiopatia. A outra morte ainda está em investigação.
Os novos dados sobre a doença foram divulgados na manhã desta sexta-feira, pela Secretaria Estadual da Saúde. Na última quinta-feira, apenas quatro mortes haviam sido confirmadas.
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Apesar do aumento, o secretário da Saúde do Estado, João Gabbardo dos Reis, afirmou que não há "motivo para pânico".
– Os casos novos não significam que não temos que nos preocupar, mas também não são motivo para pânico. Não há ocorrência de casos acima do esperado, fomos surpreendidos somente porque eles começaram antes da vacinação.
Apenas dois dos pacientes que morreram tomaram o Oseltamivir (Tamiflu) antes das primeiras 48h após o início dos sintomas, tratamento adequado para o H1N1. Gabbardo alertou que as pessoas precisam procurar atendimento médico assim que sentirem sintomas graves, como febre alta e falta de ar.
– Não significa 48h depois do início do primeiro espirro, mas depois do início dos sintomas graves. As pessoas têm de procurar atendimento médico, principalmente se forem do grupo de risco. Não dá para esperar dois ou três dias – afirma.
Gabbardo ainda orienta que as pessoas com sintomas graves evitem procurar atendimento médico nas emergências dos hospitais, onde há muita gente. O ideal é procurar uma Unidade Básica de Saúde.
Três das vítimas que morreram por causa do H1N1 eram crianças: um menino de sete anos, de Porto Alegre, uma menina de um ano, de Santa Rosa, e um bebê de dois meses, de Novo Hamburgo. Outras três vítimas eram idosos: um homem de 64 anos, de Flores da Cunha, um homem de 60, de Uruguaiana, e uma mulher de 88, de Frederico Westphalen.
As outras quatro vítimas eram adultos: um homem de 35 anos e outro de 46, ambos de Porto Alegre, uma mulher de 47, de Arroio do Sal e outra de 53, de Erechim.
Estado tem 405 notificações de síndrome respiratória aguda grave
A secretaria ainda informou que há 405 notificações de internações por síndrome respiratória aguda grave. Para cada caso, são realizados testes laboratoriais para Influenza e outros tipos de vírus.
Não foram confirmados nenhum caso de H3N2 ou de Influenza B, mas há seis casos de Parainfluenza, três de vírus sincicial respiratório (VSR) e dois de adenovírus.