Após anunciar o aumento de casos de zika, dengue e chikungunya no Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta-feira, a Secretaria Estadual da Saúde anunciou uma nova orientação às famílias que estão planejando ter filhos. De acordo com o secretário João Gabbardo, o ideal é postergar a decisão.
– Há 30 dias, nós não tínhamos esta orientação, mas neste momento é prudente que todas as famílias avaliem o risco que existe no nosso Estado, que discutam isso com o seu médico. Se for possível postergar, a família deve fazer isso – disse.
Leia também:
Em 12 semanas, Rio Grande do Sul registra 11 casos de zika em 2016
Grávida de Ivoti é diagnosticada com zika vírus
O risco aumentou, segundo Gabbardo, com o crescimento dos casos autóctones de zika. Em todo o ano passado, o RS registrou apenas um caso importado de zika. Nas primeiras 12 semanas de 2016, já foram confirmados 11 casos de pessoas com o vírus, três delas contraíram dentro do próprio Estado. Tratam-se de moradores de Santa Maria, Frederico Westphalen e Ivoti. Nas duas últimas cidades, as pessoas são gestantes. Os importados foram registrados em Bom Jesus, Garibaldi, Porto Alegre, Santo Ângelo, Teutônia e Tramandaí.
– O vírus está circulando, a possibilidade das gestantes serem atingidas é muito grande – ressaltou o secretário.
Às grávidas, ele pede cuidado redobrado, com uso de repelente e combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue a chikungunya.
Dengue também cresceu no RS
Em todo 2015, 1.279 casos de dengue foram confirmados no RS. Destes, 1.046 foram autóctones. Neste ano, a secretaria registrou 3.297 notificações da doença.
Até agora, 386 já foram confirmados, 258 contraídos no próprio Estado. O número, de acordo com a pasta, é o mais alto em seis anos. Os municípios que registram casos autóctones são: Alvorada, Barra do Ribeiro, Canoas, Chapada, Condor, Frederico Westphalen, Guaíba, Ibirubá, Ijuí, Panambi, Porto Alegre, Redentora, Santa Maria, Santa Rosa, Santo Ângelo, São Paulo das Missões, Selbach, Tupanrandi e Viamão.
De acordo com o governo do Estado, será solicitado o deslocamento de outras equipes das Forças Armadas para atuação nos municípios mais expostos às doenças. O trabalho já está sendo realizado em Ijuí, Frederico Westphalen, Santa Maria e Santo Ângelo. Em razão das novas suspeitas, Novo Hamburgo também deve receber o reforço.
Com informações da Rádio Gaúcha