A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma que novos casos de transmissão sexual do vírus zika estão sendo examinados, na Argentina e na Nova Zelândia. Os dois novos incidentes se somam a três outros países onde a transmissão por relações sexuais já teria sido constatada: França, Itália e Estados Unidos.
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Em seu informe semanal, publicado nesta quinta-feira, a OMS faz um novo balanço do surto de zika pelo mundo. Mas reforça o alerta que havia feito no início da semana ao apontar que a picada do mosquito Aedes aegypti pode não ser a única forma de transmissão. Segundo a diretora da OMS, Margaret Chan, essa forma de contágio poderia ser "mais comum do que se pensava originalmente".
Nesta quinta-feira, o novo informe da agência de Saúde da ONU confirma a tendência. "Informes sobre possível transmissão sexual do vírus zika na Argentina e Nova Zelândia estão sob investigação, somando-se a informes anteriores da França, Itália e EUA", indicou a OMS.
Como medida de prevenção, a entidade sugeriu que mulheres grávidas não viagem para locais com surtos de zika. Mas também recomendou aos parceiros sexuais dessas mulheres que, se visitarem os locais afetados, usem preservativos ao retornar para seus locais de origem na relação com as mulheres grávidas. A suspeita da OMS é de que, se o vírus sobrevive poucos dias no sangue, ele poderia ter uma vida mais longa no sêmen, saliva ou na urina.
Em um dos testes realizados, ele foi encontrado 19 dias depois da infecção. Entre 2007 e 2016, a OMS indica que a transmissão do zika foi "documentada em um total de 55 países e territórios". No atual surto, que começou em 2015, foram 41 países afetados.
A OMS indica que 6.158 casos de microcefalia ou malformação no sistema nervoso central foram registrados entre outubro de 2015 e 5 de março de 2016, incluindo 157 mortes. "Essa taxa se contrasta com a média anual de 163 casos de microcefalia", relatou a organização.
Hoje, a OMS já indica que o zika tem uma "forte possibilidade" de ser o responsável pelos casos de microcefalia e indica que casos similares estão sob investigação na Colômbia.