Pesquisadores diagnosticaram os primeiros casos de defeitos congênitos relacionados ao zika em bebês na Colômbia. Segundo reportagem publicado na revista Nature, esses são indícios de que em dois ou três meses o país terá uma onda de crianças que nascerão com problemas relacionados ao vírus. Segundo a revista, um recém-nascido teve diagnostico de microcefalia e mais dois de anomalias no cérebro. Os três tiveram testes positivo para o zika.
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Alfonso Rodriguez-Morales, presidente da Liga Colaborativa Colombiana em zika, que fez os diagnósticos, diz que o grupo está investigando outros casos. Para o pesquisador, o risco representado pelo zika pode muito mais baixo do que a de outras doenças que são conhecidos por causar microcefalia, como toxoplasmose e rubéola, mas essa é uma estimativa preliminar.
O vírus chegou ao país vizinho em setembro de 2015 e agora a Colômbia é o segundo país em número de infectados, atrás do Brasil. Por aqui, os primeiros casos de zika começaram a ser registrados em maio de 2015, mas antes disso já havia relatos da infecção no Nordeste do país.
Em agosto, neurologistas pernambucanas perceberam o aumento do número de casos de microcefalia. Em novembro o Ministério da Saúde confirmou que o aumento de casos de microcefalia estava relacionado ao vírus. Na última terça-feira, boletim do Ministério da Saúde confirmou 641 casos de microcefalia. Destes, 82 tiveram exames laboratoriais positivo para infecção por zika.