A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro realizou uma operação de combate ao mosquito da dengue no Sambódromo, no início da manhã desta terça-feira. Os agentes utilizaram equipamentos para borrifar inseticida, como um carro "fumacê" e máquinas portáteis, que liberam veneno no ar contra mosquitos adultos em voo. Houve também vistoria nas arquibancadas pois elas podem acumular poças de água, ambientes propícios para os mosquitos.
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A menos de duas semanas do carnaval, a ação foi acompanhada por jornalistas estrangeiros, cujo interesse pelo assunto cresceu nos últimos dias, apontam relatos de servidores da área.
O coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde do Rio, Marcus Vinícius Ferreira, afirmou que o índice de infestação do mosquito no bairro do Catumbi, onde fica o Sambódromo, na área central da cidade, é considerado pequeno.
– O índice de infestação desta região é 0.9, um número baixo. Acima de 1, é considerado médio e, acima de 3.9, perigoso. Mesmo assim, qualquer ponto de aglomeração de pessoas é estratégico para o mosquito e por aqui vão estar cerca de 40 mil pessoas no Carnaval. Por isso, vamos intensificar o trabalho de combate ao Aedes aegypti – afirmou Ferreira.
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De acordo com o coordenador, o carro com inseticida vai passar mais duas vezes pela Passarela do Samba: antes dos desfiles (na próxima semana) e depois do resultado, antes da apresentação das escolas campeãs.
– Não podemos passar o carro fumacê todos os dias até lá porque podemos criar uma população resistente ao mosquito. Mas vamos fazer vistorias constantes para eliminar focos da dengue, com a ajuda de 15 a 30 agentes – explicou.
As ações de combate ao mosquito também foram intensificadas na Cidade do Samba, na zona portuária do Rio, onde ficam os barracões utilizados pelas escolas de samba para preparar seus desfiles. As quadras das agremiações também têm sido vistoriadas.