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OMS alerta que zika se propaga de "maneira explosiva" e anuncia comitê de emergência

Organização diz que vírus já chegou a 23 países e territórios nas Américas

A epidemia de zika vírus, doença suspeita de causar microcefalia, "se propaga de maneira explosiva" no continente americano, alertou nesta quinta-feira a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, anunciando uma reunião do comitê de emergência em 1º de fevereiro.

OMS alerta que zika vírus deve afetar quase todo o continente americano

– O vírus foi detectado no ano passado na região das Américas, onde se propaga de maneira explosiva – afirmou a diretora-geral durante uma reunião de informações para os Estados-membros da OMS em Genebra, na Suíça. – Atualmente, casos foram notificados em 23 países e territórios na região. O nível de alerta é extremamente alto.

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Frente à gravidade da situação, Chan decidiu convocar um comitê de emergência em 1º de fevereiro. A organização está particularmente preocupada com uma potencial disseminação internacional. A OMS também teme uma "associação provável da infecção com má-formação congênita e síndromes neurológicas", mas também "pela falta de imunidade entre a população nas regiões infectadas" e a "falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápidos".

Segundo Chan, as condições climáticas decorrentes do fenômeno El Nino devem fazer aumentar o número de mosquitos este ano. Como a dengue e o chikungunya, o zika, cujo nome vem de uma floresta de Uganda onde foi identificado pela primeira vez em 1947, é transmitido através da picada do mosquito.

Na América Latina, o país mais afetado pelo zika é o Brasil, com cerca de 1,5 milhão de casos, segundo a OMS. Nesta quinta-feira, Honduras anunciou ter registrado mais de 1.000 casos de zika desde dezembro.

– Podemos esperar entre três a quatro milhões de casos – declarou em Genebra um alto funcionário da Organização Mundial da Saúde para a região, Marcos Espinal, sobre o continente americano.

Em coletiva de imprensa, outro responsável da OMS, Sylvain Aldighieri, explicou que estes números deveriam ser atingidos num período de doze meses. Entretanto, a epidemia continua muito subestimada, já que a maioria dos casos apresentam sintomas moderados, garantiu um porta-voz da organização, Christian Lindmeier.

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*AFP

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