De acordo com o último boletim da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado nesta quarta-feira, havia 430 casos de dengue confirmados no Estado até 18 de abril, sendo a maioria autóctone (351 foram contraídos no Rio Grande do Sul e 79, importados). Isso representa quase 200 casos a mais do que havia sido relatado na semana anterior. De 4 de janeiro até semana passada, ainda foram registrados 1.778 casos suspeitos.
Neste verão, a situação mais alarmante está na região das Missões: Caibaté apresenta 176 casos contraídos no local desde janeiro e Santo Ângelo, 35 casos.
Outas cidades que tiveram alto número de afetados são Panambi e Erval Seco, que tiveram 39 casos cada, e Novo Tiradentes, 43. Chefe da Vigilância Epidemiológica do Estado, Myrian Ventura ressalta que houve apenas um óbito confirmado, em Santo Ângelo, no mês de março.
O motivo para os altos índices na Região Noroeste, que se repetem ano após ano, está na intensa circulação de pessoas de outros Estados e pelo clima úmido e quente, que forma um ambiente propício para as larvas do Aedes aegypti eclodirem, conforme Myrian. A onda de frio prevista para este mês é aguardada com expectativa para diminuir a quantidade de mosquitos, mas a chefe da Vigilância grafa que o trabalho para não manter água parada deve continuar.
- As larvas do mosquito podem durar o ano inteiro. Quando aumentar a temperatura novamente, pode ser que voltem a eclodir - explica.
Porto Alegre tem confirmados ou em fase final de investigação 31 casos de dengue, de acordo com informações divulgadas nesta semana pela Secretaria Municipal de Saúde.