A inclusão ou exclusão de alimentos na rotina alimentar pode estar relacionada a diversos fatores, entre eles os emocionais, os hábitos, as indicações, o sabor, as crenças e as recomendações. Muitas vezes, um alimento faz mal ou não cai bem, mas hesitamos em retirá-lo do cardápio porque estamos acostumados a consumi-lo.
O tal alimento pode causar desconforto intestinal, dor de cabeça, azia etc., mas insistimos com ele porque consumimos desde pequeninos, sem questionar esse efeito. Já outros alimentos, de boa qualidade, que não causam qualquer desconforto, custamos a ingerir. Ou porque tem de lavar e descascar ou simplesmente porque não temos o hábito de consumi-lo.
Tem adulto comendo alimento infantil e criança comendo alimento, teoricamente, de adulto. Hello!
Difícil mudar hábitos tão arraigados, mas, de repente, surge uma novidade que promete resultados rápidos e incríveis e aquele alimento que você sempre odiou agora faz parte de todas as suas refeições. Diversas receitas esdrúxulas que alguém tenta convencer que são saborosíssimas e ficamos procurando esse gosto até a última mordida.
A questão é sempre a busca pela mágica, pelo resultado rápido.
Não existe melhora, qualquer que seja - em peso, colesterol, pressão arterial, glicemia alterada -, sem agregar qualidade à alimentação, ou seja, comer melhor (nem sempre comer menos). Fato é que não queremos comer melhor, queremos apenas o resultado. Não queremos mudar nem renunciar.
A ansiedade toma conta e o racional desaparece diante da primeira provocação. O entusiasmo passa, e as frutas e legumes apodrecem na geladeira, dando espaço a mais um biscoito terrível da embalagem bonita.
Quem sabe paramos de fazer dieta e passamos a cuidar da saúde e criamos o nosso hábito, sem apenas seguir aquele que foi da família uma vida inteira ou, pior, vamos apenas acompanhando o que o grupo de trabalho está fazendo, sem critério para seleção.
Às vezes, é preciso excluir alimentos, sim, e agregar outros, mas, para isso, deve-se ter uma boa avaliação, mas não por empolgação.