Em 2013, os planos de saúde irão incorporar formalmente os quimioterapias orais. Para se preparar para o assunto e tratar sobre novas tecnologias médicas, gestores de operadoras de planos de saúde reuniram-se nessa semana no Instituto do Câncer Mãe de Deus.
O objetivo, segundo o oncologista e pesquisador do Instituto do Câncer Mãe de Deus Stephen Doral Stefani, é ampliar a discussão para saber como operacionalizar a questão e beneficiar os pacientes sem onerá-los.
De acordo com o médico, quimioterapia oral é uma realidade inequívoca na assistência médica atual: muitos tratamentos oncológicos só podem ser feitos desta forma. O problema, explica Stephen, é o alto custo, que pode chegar a R$ 20 mil mensais.
- Estes medicamentos são caros, de forma que seu uso é praticamente restrito a pessoas cujas operadoras já oferecem este benefício de forma espontânea ou via demandas judiciais.
Atualmente, está sendo aguardada a mudança da legislação que obriga os planos de saúde a incluírem o tratamento na sua cobertura. Já aprovado no Senado, o projeto de lei da senadora Ana Amélia Lemos aguarda análise na Câmara de Deputados e da presidente Dilma Rousseff.
Depois, as operadoras terão um prazo para se adaptar, período no qual a Agência Nacional de Saúde deve avaliar o impacto na população. São cerca de 40 milhões de usuários de plano de saúde que poderão ser beneficiados pela medida.