A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detalhou a composição de vacinas contra a influenza (gripe) que serão disponibilizadas no Brasil em 2025. A orientação esclarece as linhagens de genoma dos vírus que poderão ser utilizados na produção dos imunizantes.
As orientações seguem diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisa as mutações de cepas do vírus e indica os imunizantes mais eficazes. As recomendações são distintas para os hemisférios Norte e Sul, porque analisa aspectos de saúde relacionados a cada região e as linhagens em maior abundância nos locais.
Neste ano, pela primeira vez, foi proposta uma alteração da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 616/2022, para permitir o uso de imunizantes recomendados ao Hemisfério Norte no Brasil. O objetivo, em caráter excepcional, é autorizar que doses sejam utilizadas em campanhas em regiões específicas, quando o perfil epidemiológico for distinto do restante do Brasil.
"O vírus influenza, causador da gripe comum, tem uma alta capacidade de mutação – o que leva à constante variação das cepas em circulação. Como consequência, é necessário atualizar as vacinas disponíveis, sob o risco de perda de sua eficácia", destacou trecho da nota divulgada pela Anvisa.
Composição das vacinas
Nas vacinas trivalentes, deve haver três tipos de cepas de vírus em combinação:
- Um vírus similar ao influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09
- Um vírus similar ao influenza A/Croatia/10136RV/2023 (H3N2)
- Um vírus similar ao influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria)
Para as quadrivalentes com duas cepas do vírus influenza B, a linhagem adicional deve ser similar ao B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata).
Conforme a Anvisa, para vacinas não baseadas em ovos, ou seja, obtidas de cultura celular ou recombinantes, a cepa do vírus A (H1N1) deve ser um vírus similar ao A/Wisconsin/67/2022 (H1N1)pdm09, a cepa A (H3N2) deve ser um vírus similar ao vírus A/District of Columbia/27/2023 (H3N2), juntamente à cepa B B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata).
Vacinas do Hemisfério Norte
As vacinas trivalentes indicadas ao Hemisfério Norte e que poderão ser comercializados no Brasil devem conter três tipos de cepas de vírus em combinação como as determinadas abaixo:
- um vírus similar ao influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09;
- um vírus similar ao influenza A/Thailand /8/2022 (H3N2);
- um vírus similar ao influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria).
No caso das quadrivalentes, o vírus adicional deve ser similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata). Para vacinas não baseadas em ovos, a cepa do vírus A (H1N1) deve ser um vírus similar ao vírus influenza A/Wisconsin/67/2022 (H1N1)pdm09; a cepa A (H3N2) deve ser similar ao vírus influenza A/Massachusetts/18/2022 (H3N2), juntamente à cepa B.