Em menos de quatro meses, o Rio Grande do Sul chegou a 67 mortes por dengue em 2024 e bateu o recorde histórico de óbitos pela doença. O número supera as 66 mortes registradas ao longo dos 12 meses de 2022. Recentemente, o Estado já havia superado o número de 54 vítimas fatais verificado no ano passado.
A marca foi registrada após a confirmação de três mortes nesta quarta-feira (10). As vítimas são duas mulheres e um homem idoso. Dois deles tinham comorbidades segundo o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). Dois óbitos foram confirmadas na região Noroeste: uma mulher de 68 anos que residia em Três Passos e um homem de 66 anos que era morador de Porto Lucena. A terceira vítima é uma mulher de 65 anos que morava em Maçambará, na Fronteira Oeste.
Desde o começo de 2024, há 53.772 casos confirmados de dengue no território gaúcho, sendo mais de 45 mil contraídos dentro do Estado. As cidades gaúchas com maior número de óbitos estão localizadas no Vale do Sinos: São Leopoldo, com 11, e Novo Hamburgo, com oito vítimas. Em Novo Hamburgo, cerca de 30% dos atendimentos na rede de saúde são para casos de dengue. São Leopoldo também já registra superlotação em algumas unidades.
Antes do RS, o país já havia superado o número histórico de mortes pela doença. Conforme o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, até esta quarta-feira, o país tinha registrado 1.256 vítimas fatais por dengue — 140 a mais do que na segunda-feira, quando o MS publicou o recorde nacional.
Segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul vive um momento de estabilidade no registro de novos casos de dengue, diferentemente de outros nove Estados, como Minas Gerais e Espírito Santo, por exemplo, que já apresentam cenário de queda.
Gravidade dos sintomas
A dengue é uma doença febril aguda e que causa debilidade. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles pode progredir para formas graves, inclusive vindo a óbito.
Todas as pessoas que apresentarem febre (39°C a 40°C) de início repentino e tiverem pelo menos duas das seguintes manifestações - dor de cabeça, prostração, dores musculares ou articulares e dor atrás dos olhos – devem procurar imediatamente um serviço de saúde.
Dicas de prevenção
- Encha os pratos dos vasos de plantas com areia até a borda
- Troque a água e lave o vaso das plantas aquáticas com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana
- Troque a água dos animais de estimação e lave as vasilhas constantemente
- Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre fechada
- Caixas d'água também devem permanecer fechadas e todos os objetos que acumulam água, como embalagens usadas, devem ser jogados no lixo; limpeza também deve ser feita constantemente
- Folhas e tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas também precisam ser removidos
- Garrafas e recipientes que acumulam água devem ser sempre virados para baixo
- Mantenha materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto