Fevereiro de 2024 atingiu números altos em relação a denúncias de focos de dengue em Porto Alegre. Somente no mês passado, houve uma média de mais de 60 registros diários por possíveis focos do mosquito da dengue na Capital. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) teve 1.799 registros. Em fevereiro do ano passado, foram 222 denúncias, o que representa um aumento percentual aproximado de 710% entre um ano e outro.
Somando janeiro, fevereiro e os primeiros dias de março 2023 teve 611 denúncias. Já 2024 atingiu 2.583 reclamações (contabilizados até o dia 7 de março). Trata-se de um aumento de 322%.
O chefe do Núcleo de Fiscalização Ambiental (NFA) de Porto Alegre, Alexandre Companhoni, afirma que o aumento nas denúncias se deve à divulgação sobre a doença, que está mais ampliada neste ano, e uma maior conscientização dos próprios moradores. Segundo ele, as pessoas estão enxergando possíveis focos nos seus bairros em situações que, antes, não provocavam sua atenção. Por isso, se motivam a denunciar.
Alexandre apontou os tipos de denúncias mais recorrentes que o núcleo tem recebido:
— Desde materiais descartados em terrenos, nos pátios, potes, até piscinas, problemas em redes de encanamento, que acaba gerando um acúmulo de água no passeio público [...] mas, problemas com piscinas ainda estão dentro de um número maior que os outros.
Há, ainda, casos frequentes de denúncias que não se confirmam em relação a locais com muita vegetação. Alexandre explica que muitas pessoas acreditam que uma casa com muitas plantas, por exemplo, serviria como criadouro de mosquitos, o que não se confirma.
— Algumas até realmente servem de foco, como bromélias ou algumas folhas de palmeiras que acumulam pequenas quantidades de água. Mas, em geral, o pessoal denuncia muito por ver alguma alguma residência bem arborizada, só que aquilo não gera mosquitos — esclarece.
Por outro lado, denúncias de terrenos baldios abandonados, por exemplo, costumam ser checadas pela fiscalização porque, além da vegetação alta, podem apresentar lixo e entulhos com acúmulo de água.
As denúncias e solicitações podem ser feitas diretamente no telefone 156, no site da prefeitura, ou no aplicativo 156+Poa. Todos os registros passam por triagem do NFA e são encaminhadas ao setor responsável pelo atendimento.