Um terceiro caso da varíola dos macacos foi confirmado no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma mulher de 52 anos, residente de Uruguaiana, na Fronteira Oeste, e que recentemente esteve em Portugal, Espanha e França. Em comunicado divulgado na sexta-feira (8), a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que ela passa bem.
Os outros dois casos da varíola dos macacos foram registrados em Porto Alegre, sendo um morador e o outro um estrangeiro em passagem pela Capital. A paciente de Uruguaiana é o primeiro no interior do Estado.
De acordo com a prefeitura de Uruguaiana, a mulher procurou por atendimento médico após apresentar sintomas semelhantes aos da doença. Ela foi submetida a exame e orientada a cumprir isolamento. O resultado foi positivo para monkeypox, mas ela já não está mais em fase de transmissão. "A paciente encontra-se saudável e os seus contatos foram monitorados, não apresentando sintomas", garantiu a gestão local.
A SES informou que, no momento, não há nenhum caso suspeito em avaliação no Estado.
Veja, abaixo, orientação da Secretaria Estadual da Saúde (SES) sobre o que é considerado um caso suspeito de varíola dos macacos:
- Pessoa que, a partir de 15/3/2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo, associada ou não a adenomegalia ou relato de febre. E um dos seguintes vínculos:
- Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas
- Histórico de contato íntimo com desconhecido e/ou parceiro casual, nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas
- Ter vínculo epidemiológico com casos confirmados de monkeypox, desde 15/3/2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas
Ou ainda: - Ter vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados de monkeypox, desde 15/3/2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas
Quais os sintomas da varíola dos macacos?
Os sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados em pacientes antigos de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e dorsais durante os primeiros cinco dias. Depois, aparecem erupções - no rosto, palmas das mãos e solas dos pés -, lesões, pústulas e finalmente crostas.
Como é transmitida?
A infecção nos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou membranas mucosas de animais infectados. A transmissão secundária, de pessoa para pessoa, pode ser resultado do contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões na pele de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados com fluidos biológicos ou materiais das lesões de um paciente.