O último boletim epidemiológico sobre a covid-19 publicado pelo Ministério da Saúde, na terça-feira (26), informou que nenhuma criança ou adolescente (de cinco a 18 anos) morreu em decorrência de efeito adverso da vacina contra covid no Brasil. A pasta investigou 38 óbitos notificados por governos estaduais e municipais e descartou que tenham sido causados pelos imunizantes.
O documento foi divulgado pelo UOL na manhã desta quinta-feira (28) e mostra que foram registrados 3.463 casos de evento adverso pós-vacinação (EAPV) nesta faixa etária desde o início da vacinação. Deste total, 3.044 (87,9%) foram eventos adversos não graves (EANG) e 419 (12,1%) foram eventos adversos graves (EAG), sendo que 38 (1,1%) resultaram em morte. Destes, 36 estão relacionados ao imunizante da Pfizer, e dois, à Coronavac. Da investigação dos 38 casos, nenhum foi relacionado com a imunização.
— Quando se faz uma campanha de vacinação de milhões de indivíduos, surgem mortes temporalmente relacionadas a vacinas mas não diretamente relacionadas a elas — afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.
“Até o momento, não há registros de EAPV com desfecho óbito na faixa etária de cinco a menores de 18 anos com relação causal com as vacinas utilizadas confirmada”, diz o boletim.
A média de idade dos óbitos foi de 13 anos. O intervalo de tempo entre a vacinação e o evento adverso é de, em média, 30 dias. Quatro casos ocorreram após esse período, evidenciando uma “relação temporal inconsistente” com base na classificação de EAPV, de acordo com o ministério.
Assim, após a investigação dos casos, os 38 óbitos foram avaliados e classificados como:
- Reações coincidentes ou inconsistentes: 23
- Inclassificáveis devido à necessidade de informações: 13
- Dados conflitantes em relação à causalidade: 2
O Ministério da Saúde reforçou que as vacinas são seguras e apresentam excelente perfil de risco-benefício, "já tendo gerado um impacto extremamente positivo na saúde da população brasileira, com a redução expressiva dos casos, internações e óbitos pela doença".
No Brasil, a vacina da Pfizer é aplicada para a faixa etária acima dos cinco anos e a Coronavac a partir dos seis anos, exceto para crianças e adolescentes imunossuprimidos
Com informações do G1.